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domingo, 11 de julho de 2010

Contos De Minas

UMA TRÁGICA VIDA E TRÁGICA MORTE


Não há uma viva alma em Nova Lima, cidade mineira, que não conheça a história de Ana Carolina Torres. Mulher poderosa de muitas posses e poses. Tinha em suas mãos o controle de uma região fértil e, até hoje muito valorizada. Sua saúde, porém, não tinha o mesmo vigor de suas atitudes. Por essa razão ela resolveu escolher um parceiro para constituir família rapidamente. Sua escolha foi baseada na lógica, por isso seu “marido” era quase um tipo de jagunço: forte e tosco. Foi então q iniciou-se uma sequência de tragédias na vida de Ana Torres.
A primeira tragédia foi sua gravidez, que gerou uma criança bizarra, com deformidades no crânio que se assemelhavam a chifres e todos os dedos colados por uma membrana, como uma pata de um anfíbio. Essa criança, de sexo indefinido (algumas pessoas juram que era um menino, outras que se tratava de um caso hermafroditismo), viveu exatos 666 dias. Com a morte deste “bebê” vários problemas surgiram para nossa protagonista, que já caminhava entre o devaneio e a realidade. Dizem que nos últimos 3 anos de vida, ela já não mais sabia quem era e andava pela rua com um toco de madeira enrolado num pano, dizendo ser seu filho morto.
Sua loucura atingiu o auge quando ela assassinou seu marido. Essa parte da história é muito discutida, pois como já foi dito, Ana era franzina, incapaz de assassinar com as próprias mãos um homem forte como um cavalo. Mas essa é a versão veiculada. Dizem que ela fez um pacto com  - aquele que não deve – e ele cobrou a alma do marido.
Fato é que Ana Carolina Torres suicidou-se no sexcentésimo sexagésimo sexto dia depois do assassinato; perto de um lago, com metade do dentro d’água, dependurada em uma árvore, de ponta a cabeça, afogou-se. Fotos comprovam que no mesmo local estava, a salvo, um bebê recém-nascido com saúde perfeita. Desde então, na região – conhecida como Chácara dos Cristais em Nova Lima – ficou-se um assombro de nome Ana Carolina que aparece neste bairro e procura por um bebê de nome Seol.
Mulheres grávidas relatam sentir carícias em seu ventre de madrugada, meninos acordam sem motivo aparente com agitações e inquietações noturnas. Este é um pequeno relato sobre a vida e morte de Ana Carolina Torres, mulher que superou o esquecimento provocado pela morte e vive até hoje no imaginário do povo novalimense.
Autor: Mineirinho
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domingo, 11 de julho de 2010

Contos De Minas

UMA TRÁGICA VIDA E TRÁGICA MORTE


Não há uma viva alma em Nova Lima, cidade mineira, que não conheça a história de Ana Carolina Torres. Mulher poderosa de muitas posses e poses. Tinha em suas mãos o controle de uma região fértil e, até hoje muito valorizada. Sua saúde, porém, não tinha o mesmo vigor de suas atitudes. Por essa razão ela resolveu escolher um parceiro para constituir família rapidamente. Sua escolha foi baseada na lógica, por isso seu “marido” era quase um tipo de jagunço: forte e tosco. Foi então q iniciou-se uma sequência de tragédias na vida de Ana Torres.
A primeira tragédia foi sua gravidez, que gerou uma criança bizarra, com deformidades no crânio que se assemelhavam a chifres e todos os dedos colados por uma membrana, como uma pata de um anfíbio. Essa criança, de sexo indefinido (algumas pessoas juram que era um menino, outras que se tratava de um caso hermafroditismo), viveu exatos 666 dias. Com a morte deste “bebê” vários problemas surgiram para nossa protagonista, que já caminhava entre o devaneio e a realidade. Dizem que nos últimos 3 anos de vida, ela já não mais sabia quem era e andava pela rua com um toco de madeira enrolado num pano, dizendo ser seu filho morto.
Sua loucura atingiu o auge quando ela assassinou seu marido. Essa parte da história é muito discutida, pois como já foi dito, Ana era franzina, incapaz de assassinar com as próprias mãos um homem forte como um cavalo. Mas essa é a versão veiculada. Dizem que ela fez um pacto com  - aquele que não deve – e ele cobrou a alma do marido.
Fato é que Ana Carolina Torres suicidou-se no sexcentésimo sexagésimo sexto dia depois do assassinato; perto de um lago, com metade do dentro d’água, dependurada em uma árvore, de ponta a cabeça, afogou-se. Fotos comprovam que no mesmo local estava, a salvo, um bebê recém-nascido com saúde perfeita. Desde então, na região – conhecida como Chácara dos Cristais em Nova Lima – ficou-se um assombro de nome Ana Carolina que aparece neste bairro e procura por um bebê de nome Seol.
Mulheres grávidas relatam sentir carícias em seu ventre de madrugada, meninos acordam sem motivo aparente com agitações e inquietações noturnas. Este é um pequeno relato sobre a vida e morte de Ana Carolina Torres, mulher que superou o esquecimento provocado pela morte e vive até hoje no imaginário do povo novalimense.
Autor: Mineirinho